sábado, 8 de outubro de 2016

#OMeuAmorVoltou: À frente da Banda Simpatia, Carla Visi valoriza o axé dos anos 90.


Depois de 16 anos, Carla Visi, Bolão, Lalo, Petecão e Zé Henrique, antiga formação da Banda Cheiro de Amor, se reencontraram e formaram a banda “Simpatia”, para resgatar a essência do axé da década de 90. Em celebração a essa união e comemorando os sucessos do passado, o grupo realizará o show “O Amor Voltou”, nos dias 13 e 27 de outubro, no Zen Dining & Music, trazendo canções novas e com muito cuidado para preservar as raízes afro-brasileiras. “A nossa proposta é fazer a boa e velha música, com os tambores da Bahia, com a interpretação de Carla Visi que sempre foi marcante. E agora com Rudnei no lugar de Vicente Santana”. A vocalista disse ao Bahia Notícias que os arranjos musicais vão ser mantidos no repertório, não por preguiça de produzir, mas por “exigência” do público. “As pessoas querem ouvir `Vai sacudir vai abalar`, ’Aviãozinho’, ‘Quixabeira’. Vamos continuar fazendo essa sonoridade com muito amor que é o que sabemos”.


A banda veio com uma proposta de relembrar o tempo áureo do axé. Como vocês pretendem manter essa essência dos anos 90?

Carla: 
Na verdade manter não é difícil, o difícil é convencer às pessoas de que esse modelo é um modelo legal que pode tocar nas rádios. Porque a música popular, não a popular brasileira, mas a música popularesca, a comercial, ela muda muito porque é de moda. Mas o axé tem características muito fortes da música afro-baiana, que precisa naturalmente fazer parte da mídia, do repertório das rádios; está presente nos calendários, nos eventos, na Bahia. É uma música nossa. É como se dissessem que em Pernambuco não se toca mais Frevo. Seria um absurdo! Pode-se depois, com muitas discussões, dizer que o Axé se tornou muito comercial, mas a gente tem todas as bases para fazer uma música boa.

Vocês acham que as misturas de ritmo e as letras, ou melhor, a falta de letra contribuiu pra uma crise no axé?

Bolão: Pelo meu ponto de vista, eu que fiz parte da banda no passado e estou de volta agora, com uma visão de quem tá vendo de fora, porque passei 16 anos em São Paulo, a leitura que eu faço é que aqui na Bahia as pessoas evitaram fazer a música baiana e tornaram mais pop. Fugiu das raízes. Há um movimento de tornar menos baiano e mais pop, enquanto o mundo quer ser a Bahia e a Bahia tá querendo ser pop. Simplesmente ignoraram de fato as nossas raízes musicais. O tambor da Timbalada, do Olodum, do Ilê Ayê se perderam exatamente aí! A nossa proposta é fazer a boa e velha música, com os tambores da Bahia, com a interpretação de Carla que sempre foi marcante; um conteúdo musical muito forte, bons músicos e arranjos. Não sendo muito elitista, nem medíocre demais. Tem uma linha tênue que é perigosa e a gente sempre trabalhou em cima dessa linha muito bem.


Qual banda na atualidade vocês consideram que soube manter as raízes do axé e pode ser uma referência?


Carla: Todas as bandas do fim da década de 90 que estão tocando até hoje são ótimas referências. Na verdade, a dinâmica do mercado que é extremamente cruel. Não é só a necessidade do artista se manter na mídia. Agora a onda é o arrocha.. Aí toca. Não, agora é o sertanejo. Isso termina pro artista, que está no auge do sucesso, sendo uma cobrança muito grande. Para manter uma característica, identidade e não ser influenciada por esses modismos. Tem que ter muita fibra, muita resistência pra não ser influenciado pelos modismos. Mas como nós estamos na Bahia e temos um compromisso cultural como artistas, não somos apenas fama e sucesso. Não é só fazer música para obter dinheiro. Aí entra outra linha tênue, que é entre a fama, o sucesso e a qualidade. O Cheiro de Amor deu sua contribuição por muito tempo. Eu gosto do nome crise no axé, por que é um momento oportuno de criar, você tira o s e fica crie. Eu vejo hoje no cenário da música baiana muita gente talentosa, mas que precisa apenas que haja. Não só o apoio empresarial, não. Mas consciência para valorizar essa música. Sempre tivemos músicas de duplo sentido, de poesia pobre, mas hoje carece um certo cuidado. E eu acho que cabe a todos nós artistas, e falo também como jornalista. Não precisamos descer tanto pra manter o público.



Quem incentivou a juntar todo mundo e colocar a Banda Simpatia para tocar?

Bolão: Praticamente todos juntos, [Carla Visi destacou, neste momento, que foi convidada e Bolão foi quem idealizou o projeto]. Mas eu costumo dizer que homem sozinho não é nada, nem corno! Eu postei uma foto muito antiga da banda quando estávamos no Raul Gil. A gente se divertia demais naquela época e Carla lembrou disso. Então eu a convidei para fazermos um show, mas deixei a ideia esfriar um pouco para não chamar atenção. Aí fizemos uma reunião e Rudney assumiu o lugar de Vicente Santa que não pode estar nessa formação por problemas particulares. É a mesma formação de 1996, quando nós vendemos milhões de cópias. Os dois shows que vamos fazer é em comemoração a esse álbum.


E naquela época do auge do Cheiro, Carla saiu da banda e muitos acharam a decisão precipitada? Teve alguma intriga?

Bolão: Carla não saiu por que quis. [Isso é passado, interrompeu Carla]. Foi um interesse musical dos empresários que Marcia Freire voltasse. Foi uma decisão tomada por eles, achando que era o melhor para a banda. Como consequência, nós fomos saindo aos poucos.


Carla, você não parou de cantar nesses anos, mas as pessoas não tinham tanto acesso aos seus trabalhos realizados. O que você fez nesse tempo?


Carla:
 Fiz muitas coisas. Me tornei mãe, me formei na Faculdade Federal em Jornalismo, fiz pós-graduação em Gestão Ambiental. Além disso, viajei o mundo inteiro representando a música brasileira e mostrando a nossa música que é tão mestiça. Fiz alguns discos, em homenagem a Gilberto Gil; fiz um disco concebido para o público internacional, para uma turnê na Europa e no Japão e depois fiz um projeto específico chamado “Encanto Mestiço”; também tive a oportunidade de gravar um disco em homenagem à Clara Nunes. Tenho cantado mais samba, música afro-brasileira, levando para o mundo isso por que as pessoas gostam e valorizam. Eu me sinto muito feliz em poder representar essa cultura mestiça, como uma pessoa afrodescendente e relativamente culta, porque lá fora se cobra muito o conteúdo. Tem sido uma caminhada muito prazerosa.

Para a estreia da banda Simpatia, mesmo com tanta experiência ainda surge a ansiedade, ou até mesmo aquele conhecido “frio na barriga”?


Carla: Eu não tenho. Sou praticante de Yoga muito tempo. Mantenho uma certa calma. Na verdade, é um momento de celebração, então entendo que algumas pessoas tenham nervosismo, mas é um momento mais pra se comemorar que se temer. Eu faço música com tanto amor que o antes do show é mais complicado que o próprio show, que é um momento mágico. Antes tem que conciliar as coisas do dia a dia, tem filha pra pegar na escola e mil atividades. Mas a gente que é mãe, tem casa pra cuidar, conta pra pagar é mais difícil, mas quando chega no palco é a hora boa, a hora gostosa.


Rudnei: Eu tenho frio na barriga pra várias atividades na música, porque é sempre uma descoberta. Esse show, por exemplo, eu não sei como vai ser em relação ao público. Isso é novo! Não fiz parte da banda, mas acompanhei na época. Existe uma expectativa das pessoas em relação a gente. Isso dá um frio gostoso, não é nervoso.


Vocês também vão apresentar música nova para o público. Como tem sido a seleção do repertório?


Carla: As pessoas que estão aliadas a esse projeto são muito especiais. Temos muito carinho, então isso já é um motivo pra gente se reunir e tocar. Mas a provocação é a saudade de um público que me cobra até hoje. As pessoas querem ouvir “Vai sacudir vai abalar”, “Aviãozinho”, ˜Quixabeira˜. É muito importante a gente ressaltar que mantemos os arranjos não por preguiça, mas por exigência do público. O que selecionamos de novo são canções de amigos, mas mantendo a sonoridade do Axé. A música nova “Menino” tem uma coisa afro-brasileira, do samba de roda. Isso faz parte do nosso histórico. Nós temos todos os elementos, basta pegar e trabalhar como artesão, com carinho. Vamos continuar fazendo música com muito amor que é o que sabemos.

__________________________________________

Bahia Notícias

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Carla Visi faz show em São Luís do Maranhão



Você vai se emocionar! Vai Sacudir, Vai Abalar. Dia 07 DE OUTUBRO, São Luís recebe uma noite histórica: As vozes que fizeram história no AXÉ: de um lado ela, que cantou e encantou a Banda Cheiro de Amor, e do outro, ele, o Gogó de ouro da Timbalada: CARLA VISI & NINHA, 07 de Outubro, no Mandamentos Hall. Os ingressos já estão à venda nas lojas Tatoo, no Rio Anil Shopping e no Shopping da Ilha.

terça-feira, 20 de setembro de 2016

O meu amor voltou: Carla Visi inicia temporada de shows com a estréia da Banda Simpatia



O grupo formado por os ex-integrantes da banda que “Sacudiu e Abalou” o Brasil e o mundo, na década de 90, retorna após 16 anos para espalhar “SIMPATIA”.


E para a celebração desse reencontro ser ainda melhor, nos dias 13 e 27 de outubro, às 21h, a festa #OMeuAmorVoltou inicia a temporada de shows no Zen Dining & Music, da banda Simpatia. A venda antecipada dos ingressos são no sympla.com.br e na TicketMix, com valores R$ 60 (masculino) e R$ 40 (feminino).

#OMeuAmorVoltou 

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Carla Visi aposta em retorno com nova banda formada por ex músicos do Cheiro de Amor


Quem lembra dos sucessos de Carla Visi no Cheiro de Amor, na década de 90, jamais pode esquecer também daqueles arranjos musicais que faziam qualquer galera entrar na dança. Pois é! 15 anos após a saída de Carla do Cheiro de Amor, o grupo (ex-Cheiro) se reúne novamente para trazer a alegria aos fãs esperançosos.


Zé de Henrique, Lalo, Júnior, Bolão, Maurício, Fleuri e Carla Visi se reúnem neste novo projeto. Fazem parte do novo grupo Bella Argolo e Rudnei Monteiro, entre outros.



O novo grupo aposta no axé das antigas, com os arranjos originais que faziam sucesso pelo Brasil. Todos os anos era um novo sucesso nas rádios do Brasil. Milhões de discos vendidos, enfim, os ensaios já começaram. Os fãs já usam hashtags na divulgação do novo trabalho pelas redes sociais: #OMeuAmorVoltou #VaiSacudirVaiAbalar #ValeuValeuValeu

Vale lembrar que os trabalhos de Carla Visi com o Pura Claridade continuam em alta. Por enquanto não vamos passar muita informação, mas desde já avisamos que ela vem pra sacudir e abalar! Aguardem mais informações em breve!!!



As fotos do primeiro encontro estão aqui pra vocês reverem a galera toda!!!! É só alegria!!!

15 anos depois, grupo se reúne para trazer de volta momentos inesquecíveis